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Ao dirigente de reuniões mediunicas.





INTRODUÇÃO AO OBJETIVO DOS TEXTOS ``AO DIRIGENTE DE REUNIÕES MEDIÚNICAS´´

                   Esta pagina, sobre reuniões mediúnicas, não é mais um tratado como tantos já existentes, como se o livro do médiuns já não o basta-se.
                    Buscarei tratar de assuntos diversos, com base em fatos corriqueiros e reincidentes ocorridos em reuniões mediúnicas em que participo. Sejam esses fatos para a aprendizagem do grupo, de forma a fortalecer a homogeneidade, ou individuais de forma a levar o médium a auto reflexão.
                    Para o aprendizado do grupo em geral, podemos levar em consideração os paradigmas adotados, que muitas vezes falham, pois a mediunidade pode até parecer linear, mas seus casos são muito subjetivos para que as mesmas técnicas funcionem a vontade do dirigente ou do médium que influi diretamente em sua comunicação, ou mesmo quando fica como observador dos casos que ocorrem. Sendo a mediunidade algo um tanto subjetivo, (lembrando que mediunidade é intermediar uma comunicação), fica claro que muitas vezes não podemos identificar onde começa ou termina uma comunicação mediúnica ou anímica.
                    Sendo assim como saber se uma técnica adotada por um dirigente, no momento da doutrinação, surte efeito pelo valor psicológico da argumentação ou indução magnética , ou pelo condicionamento ``EDUCATIVO´´ (onde o certo seria doutrinário, pois o médium é doutrinado a agir nos moldes previstos e aplicados nos cursos de espiritismo) imposto pelo médium que anseia pelo bom resultado?
                    Dessa forma, lançada a duvida inicial, irei tratar de assuntos, pautados em um único grupo mediúnico, dentro das possíveis lembranças na trajetória de três anos e meio, observando que muitos protagonistas destas situações de aprendizado já se afastaram do grupo, em um processo muitas vezes de auto exclusão, ou motivos diversos.
                    Assim, espero contribuir com todos que em situações similares se encontrarem, a ajustar seus procedimentos revendo a própria estrutura e nível de aprendizado.

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É NECESSÁRIO AO DIRIGENTE SABER, QUAL O TIPO DE REUNIÃO MEDIÚNICA PODE SER ALVO DE SUA PREFERÊNCIA.


                    Porém, ter uma preferência não significa crer exatamente, que irá se adaptar ao ritmo de um determinado trabalho, ou se, sua característica mediúnica, se adaptará ao trabalho desenvolvido pelo grupo. Claro que também, se observará esses detalhes com relação ao médium considerado ostensivo, como os aptos à psicofonia, desdobramento, vidência, enfim todos os membros do grupo.
                    Por isso nada mais justo do que os estágios, adotados em algumas casas espíritas, para aqueles médiuns, que estejam concluindo os cursos de educação mediúnica, oportunizando a observação dos grupos disponíveis em uma casa espírita para uma escolha ``apropriada´´ e, mesmo assim não significa que esse médium deva ser aceito em caráter definitivo, pois uma ou duas visitas, ditas como estágio não são o suficiente para adaptação de um membro ao grupo,o que temos hoje em algumas casas são visitas de observação, como já citado anteriormente, onde, o aspirante a trabalhador de um grupo mediúnico, poderá DEDUZIR se, se encaixará nesse ou naquele grupo, como também poderá ser INDUZIDO emocionalmente, por uma necessidade intima qualquer.
                    O meio aceitável para se enquadrar em um determinado grupo mediúnico, seria a observação de si mesmo, avaliando sua estrutura de conhecimento sobre um determinado trabalho, ou seja, o quanto se preparou para uma atividade especifica, como por exemplo, um grupo de cura, ou de vibração geral nos dias de atividade de uma casa espírita, ou desobsessão direcionada, ou pesquisa, entre tantos outros. E não simplesmente se adequar ao grupo pelo dia que, ``pode disponibilizar´´, pois quando escolhido dessa forma geralmente à uma quebra de ritmo dos trabalhos em andamento, proporcionando ainda, um provável afastamento do novo membro.
                    Tenhamos em mente o seguinte! Já no desenrolar do curso, possuímos uma ideia de qual direcionamento daremos a nossa capacidade mediúnica, mas infelizmente, por medo, insegurança ou mesmo, uma questão aparentemente inexistente no espiritismo, mas que circula enraizado no personalismo daqueles que atuam a frente de cursos, e aqui não acuso ninguém, mas dou uma ideia do que pode ou acontece com frequência, que nada mais é do que um modelo iniciático, onde cada instrutor, nas aulas onde se treina a mediunidade, quer que suas ideias, seus modos de trabalho, prevaleça como critério absoluto, esquecendo-se da individualidade de cada médium. O que é indesejável, pois muitas vezes o médium em questão não desenvolve suas qualidades por se auto questionar, se achando numa posição ou de inferioridade ou de extrema dúvida quanto as suas percepções.
                    Me dou o direito de falar de minha própria experiência:
                    Durante os cursos básicos 1 e 2 segundo os moldes existentes na FEESP e FEB, ao qual são muito parecidos, dediquei-me muito a leitura, buscando esclarecimentos antecipados sobre vários pontos abordados. A partir do mediúnico 1 eu já tinha certeza da minha função futura como doutrinador ou dirigente.
                    Porém, devido ao autoritarismo de alguns instrutores, fui mantido sentado, orientado a desenvolver psicofonia, psicografia, entre outras imposições, mesmo eu verbalizando a já detectada característica de doutrinador. A mim só coube a resignação e força para continuar, aguardando a oportunidade que veio logo em seguida.

                    Claro que existem casos diferentes, como médiuns que apenas no ultimo ano do curso se revelam em todo seu potencial, alguns até acham que nem servirão para nada mediunicamente, por não sentirem absolutamente nada, daquilo que os instrutores supostamente direcionam como correto.
                    Enfim, são muitos os pontos a serem observados, durante o desenvolvimento mediúnico, pelo próprio educando. Mas ao dirigente de um grupo cabe a sinceridade, sobre o desenvolvimento de um membro, orientando-o da melhor forma possível, para beneficio coletivo e individual.

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MÉDIUNS E GRUPOS OBSIDIADOS.

                    Kardec nos deixou claro que um médium pode sim estar e ficar obsidiado por um longo tempo, que o fato de escrever ou falar como intermediário dos espíritos, nas atividades de socorro espirituais ou pesquisas científicas dentro de casas espíritas, não o capacita moralmente para estar imune ou livrar-se do assédio direto de espíritos que insistem em agir por tais médiuns e, ampliando o pensamento, de grupos.
                    Mas, quais situações podem levar a tais ocorrências? Moral individual, no caso de apenas o médium passar por tal situação, ou coletiva, quando um grupo passa a se subordinar as ações, pseudo socorristas de espíritos que se impõe como mentores de uma atividade?
                    Segundo KARDEC, (Livro dos Médiuns, questão 238, pg. 216), temos que,``Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com outros Espíritos e se apresenta em lugar dos que são evocados. Ninguém está obsidiado pelo simples fato de ser enganado
por um Espírito mentiroso. O melhor médium se acha exposto a isso, sobretudo, no começo, quando ainda lhe falta a experiência necessária, do mesmo modo que, entre nós homens, os mais honestos podem ser enganados por velhacos. Pode-se, pois, ser enganado, sem estar obsidiado. A obsessão consiste na tenacidade de um Espírito, do qual não consegue desembaraçar-se a pessoa sobre quem ele atua.´´ 

                   De forma geral subentende-se que, em uma reunião mediúnica, seja ela qual for, desde que esteja dentro e nos horários de trabalho de uma casa espírita é, como diz Kardec, uma reunião séria, (esse é o pensamento da maioria).
                   Mas, o que é uma reunião séria?   

                   Uma reunião séria, seria aquela que seus membros tivessem um objetivo comum, socorrer as mais variadas necessidades do espírito desencarnado, esclarecer a esses espíritos sua nova condição segundo sua ignorância doutrinária sobre o espiritismo, levando-o a perceber que simplesmente não morreu, mas sim, mudou de plano, ou seja, do plano físico para o espiritual e, doutrinar, sim doutrinar, espíritos renitentes na vingança ou mesmo persistentes no mal por prazer.
                    Bem, se durante todos os anos de estudo em casas espíritas (cinco no total), o médium sai preparado para tais intervenções, por que um grupo mediúnico poderia passar por uma obsessão coletiva, mesmo trabalhando nos moldes sugeridos nos cursos?
                    Um ponto básico a ser pensado é o fato de que cada médium é um ser humano e, esse ser humano acumula em si diversos dissabores que, com o passar do tempo o torna um robô dentro de um grupo mediúnico, onde esse médium entra e cumpre sua obrigação, em um ato mecânico, fixado em seus problemas ou, reduzindo drasticamente seu potencial de passividades, ou em um complexo auto punimento passa a dar passividades seguidas como modo de compensação, para a sua já reconhecida falta de preparo diário, ou seja, manter a homogeneidade do grupo diáriamente e não apenas na tentativa desesperadora de se unir mentalmente durante 90 minutos.

                    Dessa forma, ao dirigente fica a responsabilidade de analise, não que o dirigente esteja imune, mas por ser um líder eleito pelo grupo num ato de confiança, ficando muitas vezes com o ônus de conversar, questionar um ou outro médium sobre, diminuição do rendimento ou mesmo pelo isolamento.
                    Quando um grupo, deixa de ter essa aproximação, esse cuidado uns com os outros, esta suscetível de passar por situações que para muitos podem parecer fantasiosas. Mas que, da mesma forma que um médium pode ser enganado, até mesmo para seu aprendizado, todo um grupo pode passar por situação parecida para seu aprendizado. E isso por acaso, com todo o acompanhamento dos mentores, pois não sabemos o porque, mas, de certa forma ainda sendo enganados, alguns espíritos socorridos recebem a ajuda que lhes servem, mesmo que essa ajuda possa ter aparência de auxilio.

Conto aqui um fato ocorrido há época em que assumi o grupo mediúnico em que sou dirigente.


                    Durante uns dois meses visitei o grupo a pedido da diretoria, o que me possibilitou analisar durante oito ou nove semanas, as atividades do grupo. Durante esse tempo, tudo me pareceu muito normal, reunião aberta para que a espiritualidade trouxe-se os casos que julgassem necessários, socorros diversos, passividades bem controladas (quase orquestradas em tempo de diálogos e sequencia de médiuns).

                    Após esse pequeno estágio, digamos assim, fui apresentado como novo dirigente do grupo por diversos motivos que não vem ao caso, e, foi a partir dai que começaram alguns problemas.
                    Apesar de toda cordialidade e acolhimento do grupo, comecei a sentir que o padrão de passividades eram os mesmos, o tempo de diálogo entre eu e os espíritos trazidos ali eram muito curtos, eu mal conseguia desenvolver um raciocínio. O tipo de espíritos também não mudavam, cada médium possuía já seu, digamos assim, estilo de conversa e os espíritos muita pressa em escapar das conversações.
                    Um ponto me chamava a atenção, dois médiuns ficavam sempre calados isolados, não desenvolviam nenhuma comunicação, comecei a me aproximar deles e normalmente quando iniciavam seus comentários relativos as suas percepções, eram quase que imediatamente engolidos por alguma outra comunicação barulhenta, essa nova perspectiva, me levou a maiores observações que levaram mais ou menos uns quatro meses, numa tentativa de manter a paciência e levar esclarecimentos ao grupo.
                    Após esse tempo, conversei em particular com os médiuns que ficavam isolados e pedi que iniciassem um processo de rastreamento silencioso durante os trabalhos, e me relatassem no dia seguinte. O resultado foi surpreendente, pois passo a passo fomos identificando na maioria do grupo, espíritos que tomavam o lugar dos mentores, uns com objetivo claro de mistificar, fingindo serem necessitados de toda sorte, fato que melhor observado posteriormente foi percebido que cada médium dava passividade à apenas um espírito e, que, em alguns momentos serviam esses mesmos médiuns de intermediários para retirar alguns espíritos de locais muito densos, para em seguida serem levados por outros grupos como escravos em suas atividades de obsessão. ( com o tempo acabei concluindo que isso era possível sim).
                    Enfim, para cada caso avaliamos o que estava proporcionando tal entrada de espíritos e, conforme fomos identificando os problemas particulares que influenciavam diretamente o grupo, fomos sugerindo tratamentos para reequilíbrio, porém, os tratamentos não foram aceitos por orgulho da maioria dos médiuns, que acabaram saindo gradativamente do grupo, apenas confirmando nossas observações.

Interessante será que os amigos leitores tirem suas conclusões com calma e muita releitura das obras básicas.


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O USO INVASIVO E ABUSIVO, DA REGRESSÃO DE MEMÓRIA NA DOUTRINAÇÃO DE ESPÍRITOS, QUANDO EVIDENTEMENTE, FALTA ARGUMENTAÇÃO AO DIRIGENTE.

                    Não é necessário ter um milhão de anos como dirigente de reuniões mediúnicas, para perceber o que falo nesse momento, basta bom senso.
                    É comum vermos dirigentes, excitando, sugestionando, espíritos renitentes, a visualizar seu passado, o que na minha opinião é extremamente perigoso, pois afinal de contas, o próprio movimento espírita, pautado em André Luiz, alega que esse tipo de ação só pode ser feita pelos guias espirituais, é só ter paciência e ler os referidos livros de AL e, comprovarem por si mesmos, ou que, tais eventos só ocorrem de modo espontâneo, nesse caso, temos duas possibilidades:

1° Via o próprio espírito que entre em choque ou, alega estar sob o império de algum tipo de feitiçaria. Nesse caso pode estar havendo um tipo de catarse, onde o espírito inconscientemente busca na sua memória, os fatos traumáticos. Ou a ação direta de um guia espiritual, levando esse espírito a relembrar fatos para seu despertar, quebrando suas argumentações.

Ou

2° Via mediunidade, onde um médium, passa a relatar os fatos ocorridos anteriormente sob a trama que envolve desencarnado e encarnado, um tipo de regressão indireta, que no caso nem todos médiuns são receptivos o suficiente para não interferir animicamente com seus próprios conceitos, é claro sem esquecer que em toda manifestação mediunica, há interferência anímica e, mesmo o controle das informações para não recair em vocabulários desnecessários, assim como também não ser extremamente prolixo.

                   Voltando a questão de que dirigentes sugestionam espíritos, como uma maneira eficaz de doutrinação, temos de analisar pontos importantes:

1° Se elas, as regressões, só ocorrem de modo espontâneo, significa que, ou no momento da sugestão, as cenas fluem simplesmente por que há ali a ação de um guia espiritual e se faz necessária tal ação, ou, como presenciei muitas vezes não ultrapassa a subordinação doutrinária do médium em concordar com o doutrinador, porém de maneira evasiva, do modo (é você tem razão), o que não comprova absolutamente nada, sobre a eficácia de tal procedimento.
                    O fato é que, não é necessário a utilização de tal artifício o tempo todo, pois isso indica a falta de habilidade do dirigente em captar os sinais psicológicos para conduzir o diálogo de modo a, levar o espírito a catarse.
                    Um indicio muito forte da desnecessidade da sugestão é, exatamente a quantidade de vezes que não ocorrem absolutamente nada, deixando o doutrinador em situação embaraçosa.

                    De qualquer forma, essa ferramenta, pode sim, ser importante se bem usada, como ultimo recurso, talvez, contando com o auxilio dos benfeitores espirituais que conhecem de longe a boa intenção do dirigente, pois se houver mais curiosidade ou aquele velho sentimento de satisfação ao ver um ``suposto´´ oponente quedar, aguardem suas próprias lições.
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Doutrinador ou Esclarecedor?

                    Esclarecer ou ser esclarecido? Doutrinar ou ser doutrinado? Instruir ou ser instruído? Dar ciência ou tomar ciência? Humildade ou falsa humildade?

                    O fato é que Kardec, nunca se posicionou especificamente  com relação a essa ou aquela palavra a ser utilizada, a não ser no sub titulo de O Livro dos Médiuns(GUIA DOS MÉDIUNS E DOS DOUTRINADORES). Caso tenha eu ainda não li e estou apto a mudar minha fala.

                    Porquê será? Kardec seria acaso prepotente? Orgulhoso?
                    Não, não creio ser essa postura de Kardec, mas, sim o fato de que ao analisar o termo doutrinar, estaremos rodando como cachorros atrás do rabo, e ai sim, eu posso imaginar por falsa humildade, a postura politicamente correta. Sim posso imaginar, pois posso fazer a inferência que quiser devido a insistência em determinados pontos Não desejo aqui atacar o que já ouvi em dez anos dentro do MEB ``Movimento Espírita Brasileiro´´, nem muito menos atacar propositalmente a ninguém em especifico, aliás não desejo atacar a nada e nem a ninguém.
                    O que precisamos entender é que estamos falando da DOUTRINA ESPÍRITA, e quando se conversa com alguém encarnado ou desencarnado, estamos de certa forma doutrinando, esclarecendo, instruindo, dando ciência, etc etc etc etc.
                    Vamos dar uma olhadinha no dicionário:
Significado de Doutrinar; v.t. Instruir em uma doutrina. Ensinar, pregar. 
Significado de Instruir, v.t. Formar o espírito de alguém com lições, conhecimentos: instruir a juventude. Dar ciência de alguma coisa. Doutrinar; esclarecer; comprovar.
Instruir uma causa, pô-la em estado de ser julgada. V.pr. Desenvolver sua instrução; tornar-se sabedor, adquirir conhecimentos.
 
Significado de Esclarecer, v.t.d. v.i. e v.pron. Fazer ficar claro; disseminar luminosidade; iluminar: a luz do candeeiro esclarecia toda a casa; o novo dia se esclarecia rapidamente.
v.t.d. Fazer com que seja elucidativo; compreender: o autor esclareceu as dúvidas. 
Fazer com que haja relevância em; tornar importante; distinguir ou distinguir-se: as causas nobres esclarecia-o; precisavam esclarecer-se na aplicação de novas leis.
v.t.d. e v.pron. Dar ou receber certas informações ou esclarecimentos; explicar ou explicar-se: precisava esclarecer seus comportamentos a esposa; diante do delegado, ele precisava esclarecer-se. Fazer com que haja maior instrução; instruir-se: precisava esclarecer os inquietamentos das crianças; esclarecia-se utilizando novos livros.
v.bit. Dar explicações, justificações ou fundamentos: esclareceu os filhos sobre a vida
.
                    Bem, a leitura ficou um pouco onerosa, mas se fez necessário, pois os amigos leitores irão perceber que para Kardec, provavelmente, não fazia diferença a utilização do termo pelo simples fato que, ao dialogar com um espírito ocorria uma troca de informações onde todos ganhavam, encarnados pela elucidação que os espíritos lhes passavam e os desencarnados que de alguma forma se beneficiavam pelas preces, pelos argumentos, e pelo serviço prestado a ciência Espírita.
                    No Cap. V, de O Livro dos Médiuns, em Das manifestações físicas espontâneas, temos um oportuno comentário inserido no item 90.

``O melhor meio de nos informarmos a tal respeito consiste em evocarmos o Espírito por intermédio de um bom médium escrevente. Pelas suas respostas, veremos imediatamente com quem estamos às voltas e obraremos de conformidade com o esclarecimento colhido.Se se trata de um Espírito infeliz, manda a caridade que lhe dispensemos as atenções que mereça. Se é um engraçado de mau gosto, podemos proceder desembaraçadamente com ele. Se um malvado, devemos rogar a Deus que o torne melhor. Qualquer que seja o caso, a prece nunca deixa de dar bom resultado´´.
                    Oras, existem muitos tipos de reuniões mediúnicas, porém mesmo dentro dessas variações, encontraremos durante seu período de atividade, todas as variações possiveis do trato com os espíritos< por exemplo:

- Sofredores com fixação psicológica, esses estão tão fechados em suas dores que não conseguem ouvir o doutrinador, nesse caso esclarecer o que, heinnnn? Acolhe-lo utilizar o auxilio dos mentores, magnetiza-los com a energia animal existente em todo médium proporcionando alivio as suas dores mais imediatas.
- Sofredores inconscientes de sua situação, geralmente os ( esclarecemos ) de sua situação com muito tato psicológico, pois não iremos querer causar-lhe uma segunda morte ``emocional´´, dizendo de uma só vez, você morreu meu irmão? Mas, como citado por Kardec, ouvir, eis o grande segredo para identificar o que será necessário.
- Perseguidores muito conscientes de sua situação e pouco se importam com o que lhe será dito, estão vacinados, ou pelo menos creem assim estar, contra esclarecimentos que lhes tem pouco valor, a maioria destes pouco se importam com falas de amor e perdão e, se faz necessário um certo jogo de palavras para que esse espírito, ao longo do tempo se conscientize por si mesmo, pelas próprias palavras, que está analisando apenas pelo seu lado da história, e esses espíritos, dificilmente algum doutrinador o convencerá em um só diálogo, necessitando de muitos retornos, não creiam em utopias meus amigos, não há mágica.

                    Enfim, são muitos os exemplos que poderíamos utilizar, mas, para quem se aventura em reuniões mediúnicas, após os cursos, procurem dar uma boa ênfase na escala espírita de O Livro dos Espíritos, e principalmente não acreditem que se trabalha apenas religiosamente, conforme o livro Desobsessão de André Luiz, pois na sequência temos para leituras em primeiro lugar as obras básicas principalmente O Livro dos Médiuns, que é especifico para a mediunidade e ``doutrinadores´´, Diálogo com as sombras de Hermínio C. Miranda, Reuniões Mediúnicas ``teoria e prática´´ Lamartine Palhano Jr, sem esquecer a vasta reflexão que nos proporciona a leitura de obras referentes a desobsessões ou atividades executadas no plano espiritual como, Ivone do Amaral, Manoel Philomeno de Miranda, André Luiz, e Luiz Gonzaga Pinheiro que trata de atividades mediúnicas incluindo alguns livros com exemplificações de diálogos.
                    Nenhuma dessas leituras complementares se trata de normas engessadas, mas, servem de reflexão, para que o dirigente possa avaliar as situações que ocorrem em seu grupo de trabalho.

                    Para finalizar uma pequena reflexão:

O Livro dos Médiuns, Segunda Parte – Capítulo XX, 226 - item 4a, ``Há médiuns aos quais, espontaneamente e quase constantemente, são dadas comunicações sobre o mesmo assunto, sobre certas questões morais, por exemplo, sobre determinados defeitos. Terá isso algum fim? “Tem, e esse fim é esclarecê-los sobre o assunto frequentemente repetido, ou corrigi-los de certos defeitos. Por isso é que a uns falarão continuamente do orgulho, a outros, da caridade. É que só a saciedade lhes poderá abrir, afinal, os olhos´´.

                    Acho que os mentores do grupo conhecem bem as características dos trabalhadores ali presentes, então também conhecem a intenção do doutrinador, por isso ao adentrar uma reunião, independente de qual termo queira utilizar, analise o por que, esta ali e, o resultado dos trabalhos, pois não é por utilizar o termo doutrinador que os espíritos superiores irão lhe abandonar a própria arrogância.

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Sexo no dia de reuniões mediúnicas pode? 


                    Eis um assunto que por mais abordado que já tenha sido ainda trás um certo ``Q´´ de ``tabu´´, sim afinal ainda hoje o sexo é atrelado as sensações e como sensações muitas pessoas vivenciam a proibição moralista imposta culturalmente pela sociedade apesar de toda aparente liberdade sexual.
                    Quer um exemplo?: Quem lendo agora se lembra de ter chegado em casa algum casal amigo bem na hora ``H´´ e ser falado com muita simplicidade `` Entrem estávamos ali transando´´ ou durante um papo entre amigos alguém dizer `` Olha! ontem praticamos um sexo como nos tempos de namoro.´´ ou ainda soltar um `` Estou excitado agora ´´ como se estivéssemos com sede, algum espanto nisso? Porque? Não se trata de mais uma entre tantas necessidades biológicas atreladas ao psiquismo humano? O que realmente transvia o ato em si é exatamente a moralidade excessiva imposta sobre o sexo, esquecemos que não se trata do ato sexual em si, mas como se manifesta o desejo na mente do ser humano, a intensidade e a necessidade de satisfação puramente doentia em algumas ocasiões. O nosso pensamento trabalha incessantemente e imaginem o que pode se passar na mente de qualquer médium durante o ato de entrega a mediunidade. O fato é que em se tratando de objetivo, ou seja ``Qual o objetivo do sexo antes (quando falo antes me refiro ao dia propriamente e não alguns minutos apenas) da reunião mediúnica? Já ouvi falar que no mínimo no dia anterior o médium deveria se abster ( ouvi isso de um suposto Umbandista via comunidades de debate no Orkut ) ao que perguntei sarcasticamente quantas vezes esse irmão trabalhava por semana na tenda de Umbanda, mas brincadeiras a parte raciocinemos juntos:
                    O trabalhador de reuniões mediúnicas mal orientado muitas vezes se abstêm do ato sexual devido a mística ideia de ser o sexo prejudicial devido ao acoplamento de entidades dias antes da reunião para troca e identificação fluídica podendo assim proporcionar a tais entidades sofrimentos imensuráveis, oras aproximação para auxilio na identificação energética não significa que tais entidades estariam participando do ato sexual necessariamente, se assim fosse estaríamos a mercê 24 horas por dia de entidades perniciosas.
                    O sexo proporciona movimento``psicológico´´, trás alegria à alguns, culpa à outros e repetindo algo que já li muito de outros autores: ``Na simplicidade quando praticado com carinho, responsabilidade sem prevaricação do desejo é saudável e em nada atrapalha uma reunião mediúnica.´´ O que atrapalha de fato é onde estará o pensamento. E em matéria de pensamento não temos exatamente um psicoscópio a disposição física no canto da sala, cabe a cada um saber onde esta o coração no momento da reunião e com certeza aquele membro do grupo que se utilizou do sexo antes da reunião terá se desvinculado de um pensamento e assim estará apto ao exercício mediúnico talvez muito mais do que aquele que se absteve e durante a reunião aflora vários pensamentos de ordem sexual devido ao monoideísmo criado.
                    Enfim em se tratando de exercício espiritual, não se trata apenas da reunião mediúnica em si, mas, do passe, da entrevista, da coordenação, da palestra, da cozinha, resumindo se trata da postura intima diante do desejo qualquer que seja, se o ser esta em paz interior executará um bom trabalho.

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 Sobre a prece durante a Reunião Mediúnica




                    Durante o exercício da mediunidade em Reuniões Privativas é natural a utilização da prece, nos servimos da prece para, unir pensamentos e manter a homogeneidade, utilizamos a prece para aliviar as dores dos enfermos, utilizamos a prece para apaziguar a insensatez do coração regrado pelo ódio, que é, mais emocional do que racional, utilizamos a prece é claro como recurso terapêutico a qual se determina, mas o objetivo hoje é relembrar que nem sempre a prece é uma ferramenta expressiva e de resultado imediato tanto no dia a dia como no caso aqui tratado em reuniões mediúnicas.


                    Geralmente o grupo é condicionado a prece em momentos de aparente tensão, a prece traz confiança é o amparo, a luz que norteia e estabiliza as emoções, e na falta ou demora do doutrinador ou dirigente na execução da prece invariavelmente algum membro do grupo acaba por solicitá-la, geralmente essa solicitação chega como se fosse solicitada pela espiritualidade, fato que cabe ao dirigente observar de onde surge sempre o pedido ``qual médium´´ pois pode ser uma manifestação puramente anímica diante de uma situação que julga extrema.


                    O fato é que em determinados momentos durante a reunião a prece de fato pouco efeito surte diante de determinados espíritos e quanto a isso  podemos extrair algumas possibilidades: a mais comum é o grupo imaginar que diante de uma negação de auxilio da espiritualidade essa ineficiência seria um alerta ao grupo para que este pudesse tirar lições e se reajustar diante da falta de homogeneidade, existe sim esta possibilidade mas não se trata de regra e por isso em hipótese alguma deve o grupo se fragilizar com essa possibilidade e ocorrendo essa ideia cabe ao dirigente o esclarecimento, quanto a isso recorremos a KARDEC, ALLAN ( Livro dos Espíritos, Expiação e arrependimento, PG. 560)   ``Questão 997. Veem-se Espíritos, de notória inferioridade, acessíveis aos bons sentimentos e sensíveis às preces que por eles se fazem. Como se explica que outros Espíritos, que devêramos supor mais esclarecidos, revelem um endurecimento e um cinismo, dos quais coisa alguma consegue triunfar?´´


 
 “Resposta. A prece só tem efeito sobre o Espírito que se arrepende. Com relação aos que, impelidos pelo orgulho, se revoltam contra Deus e persistem nos seus desvarios, chegando mesmo a exagerá-los, como o fazem alguns desgraçados Espíritos, a prece nada pode e nada poderá, senão no dia em que um clarão de arrependimento se produza neles.”

                    Muitos Espíritos são trazidos as reuniões para seu primeiro choque anímico conscientes ou não. Os inconscientes não causam perturbações sérias, denotam intransigência cultural ou dores arraigadas em suas fibras devido ao apego daquilo que consideram fortemente feridos naquilo em sua dignidade não se convencem claramente e não deixam é claro verbalizado pois como doutrinador as vezes é bom ouvir que o Espírito esta sim arrependido, o que é um verdadeiro apego do EGO que lhe afirma intimamente `` Consegui mais uma vez´´. Os conscientes chegam predispostos a achincalhar a reunião, doutrinador, dirigente, médiuns em geral, zombam, agridem, fingem, riem-se dos aparentes prodígios e ganho de tempo, porem como sempre enfatizo numa reunião mediúnica, quem esta do lado dos encarnados `` O grupo´´ em si, nunca perdem tempo, mas sim aprendem, doam energias e facilitam o trabalho do dialogador e este por sua vez nunca perde tempo ao estender um dialogo conforme já citamos em capitulo anterior pois o dialogo com suas perguntas características leva o espírito que manipula ao desconcerto e desta forma caem-se as mascaras.
                    Nestes casos específicos, não tendo a prece o efeito salvador imediato que todos esperam, cabe ao Dirigente refletir as possibilidades e mudar o rumo sem constrangimento ou sentimento de impotência,  quanto a isso existem técnicas especificamente direcionadas a magnetização, focar o grupo num ato especifico é importante neste momento, pois como seres humanos o aparente fracasso da prece já causou um enorme dano psicológico e neste caso deve o dirigente desviar sua atenção, existem varias técnicas de manipulação de energia, onde o sugestionamento é valiosa ferramenta para atingir o objetivo.
                    Vale lembrar ao dirigente que não ira sair aplicando técnica sobre técnica numa tentativa desesperada de alcançar a harmonização, mas neste momento através de sua ligação com o plano espiritual obterá a inspiração necessária do que fazer. É claro não podemos esquecer que em se tratando de mediunidade cabe ao sensitivo conhecer uma boa quantidade de técnicas pois a responsabilidade como comandante encarnado é aplicar em si o que leva ao grupo, conhecimento da mediunidade é fundamental e sem informações os mentores não tem como direcioná-lo em momentos singulares que acometem as reuniões.
                    Fica assim estabelecido que a prece é em potencial um forte sugestionamento e serve de acumulador de energias, porem infelizmente nem todos se ressentem deste modelo de magnetização sendo bom ao dirigente estar apto ao chamado.
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Afinal o que é perda de tempo? Devemos estender um diálogo até quando?

É comum em um grupo mediúnico o doutrinador ser assessorado por um ou outro médium, algumas vezes sensitivo capta o nível energético ou os pensamentos predominantes do espírito em diálogo e como participante ativo do grupo faz o seu relato ou alerta-nos sobre a ocorrência, é muito importante que como dirigente deste grupo utilize de toda sua capacidade de unir os membros de forma a criar a confiança intima para que cada um relate sem titubear aquilo que percebe, desta forma recebendo estas informações terá o grupo um rendimento muito bom em relação aos atendimentos e no desenrolar dos casos.
Existe ai uma necessidade de que o dirigente ou doutrinador saiba lidar com estas informações, pois nem sempre devemos abandonar uma linha de raciocínio para abraçar a todas percepções imediatamente e quanto a isso, alertas guardamos tais informações as utilizando se necessário no decorrer do dialogo introduzindo o argumento gradativamente, pois se aderirmos tais sugestões imediatamente podemos cair em sugestionamentos por parte mesmo de obsessores que através da mediunidade do grupo e a aceitação tanto do médium como do dirigente acaba conquistando seu tempo ou ganhando tempo como desejar, além de causar uma confusão mental no espírito manifestante.
Normalmente os alertas que chegam através dos médiuns são breves, do tipo ``Esse espírito esta enrolando´´ ou `` estão mandando vários espíritos adoecidos ´´ ( geralmente tais entidades mal sabem o que esta ocorrendo, sem condições de diálogo ) ou caso exista algum fingimento será detectado, o que não significa que doutrinador ou dirigente devam abandonar `` despachar tais espíritos imediatamente pois existem fazes significativas de diálogo, ou seja, do momento em que se inicia tateando o campo escuro da doutrinação à detecção do problema, passando para as técnicas aplicadas com relação a sugestionamento, trabalho em grupo desenergizando tais entidades, as intuições nestes momentos também surgem com maior intensidade dando ao doutrinador ferramentas importantes com as informações recebidas.
Cabe ao dirigente encarnado decidir pela metodologia a se utilizar e é claro os dirigentes espirituais reconhecem isso e colaboram com os agentes físicos ``nós encarnados´´, de modo que espíritos trazidos acabam por se favorecer desde tempo ofertado em diálogos, porem sem nunca ultrapassar o bom senso o dirigente começará a perceber se esta exagerando em suas falas e quanto a isso ocorrem fatos objetivos, donde os mentores da atividade simplesmente retiram o espírito ( normalmente os médiuns avisam este fato ) e percebendo a recorrência deste ato cabe ao doutrinador ou dirigente lapidar seus modos de atuação.
Pode ocorrer do espírito comunicante ser perspicaz e utilizar comandos de fuga, isso ocorre pois começam a perceber a perda de terreno `` costumo alertá-los que esse receio é inútil pois este espaço já perderam, basta observarem que ali já estão presentes´´, quanto a isso recorrem a malandragem ou digamos ao instinto de auto preservação com frases do tipo:
`` Não quero mais falar com você´´ ( normalmente carregado de agressividade ) ou `` Não desejo tomar mais o seu tempo´´ ( falado em tom humilde e despreocupado )
O fato é que independente do tempo ofertado ao diálogo sempre é válida a semente plantada, lembrando que se foram levados até o grupo mesmo aqueles que julgamos inconscientes algo sempre é efetuado no plantio mental de forma a favorecer um despertar futuro. Todo espírito levado ao mediúnico de fato levou tempo para ser preparado e ali manter contato com nós encarnados e por isso devemos nos preocupar com a qualidade do atendimento tanto em empatia como despertando o carinho dentro de nós mesmos.
Fica a proposta aos futuros ou já atuantes dirigentes e doutrinadores não se apeguem a produtividade, pois um amigo espiritual bem atendido vale mais do que centenas passado as pressas durante o trabalho.
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Diretrizes 1- Sobre a ordem geral de uma reunião mediúnica.

                    Ao dirigente cabe manter a ordem geral da Reunião Mediúnica, alertar companheiros do grupo sobre atos ou palavras desnecessárias e extremas não se trata de dar broncas ou esquecer a caridade e indulgência, mas, sim, manter a disciplina e consequentemente a vibração ``egregora´´ dos pensamentos estáveis. Por isso demonstrações de agressividade excessiva que ultrapasse em muito o bom senso, assim como palavras chulas também devem ser filtradas evitando desta maneira choques psicomorais aos médiuns do grupo.
 
                    É também fato que os membros do grupo estejam cientes de que quando houver situações que momentaneamente causem dispersão dos pensamentos, cabe a cada um imediatamente se recompor do choque psicológico, seja devido ao pudor, a culpa devido a familiaridade do que é falado em qualquer comunicação.
 
                    Ao dirigente cabe pequenos e imediatos reajustes, ao grupo como um todo cabe a homogeneidade evitando a dispersão pela curiosidade no diálogo estabelecido doutrinador X espírito ou pelo julgamento do comportamento do companheiro em atividade medianímica.

                     Tendo em mente a responsabilidade que é atribuída, à cada componente do grupo, muito difícil se faz presente a perturbação de espíritos zombadores, baderneiros e mesmo os magnetizadores que se utilizam destes artifícios para neutralizar os médiuns incautos, suspendendo suas percepções medianímicas.

                     Assim, cabe ao dirigente evitar a desarmonia fazendo cessar o mais rápido possível qualquer manifestação, individual, em dupla ou grupal que objetive causar danos a atividade em curso.

                     Dentre os comentários iniciais, tais como, agressividade em excesso e palavrões, devemos atentar também a situações adversas como, discussões entre dois médiuns proporcionada pela manifestação espiritual, donde esses espíritos passam a discutir infantilmente tirando totalmente o foco do trabalho.

Resumidamente deve o dirigente evitar:

1 - Excesso de agressividade nas comunicações.
2 - Palavrões, pois se o médium assim procede, de fato existe simpatia por tal modo de agir.
3 - Discussões cruzadas e infantis que tiram a atenção do grupo.
4 - Doutrinações espírito à espírito comunicante com cunho de imposição daquele que tenta convencer.

                     Todos estes esclarecimentos devem ser feitos de forma clara e autoridade sem excesso, pois só assim o grupo pode crescer ser homogenio e produtivo.
 
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Diretrizes 2- Sobre a ordem geral de uma reunião mediúnica.

 Para cada caso, cada tipo de reunião mediúnica, deve-se ter um avanço no tipo de dialogo envolvendo as fases de atenção, compreensão, humildade, energia e respeito.Clóvis de Barros, professor de ética e filosofo, nos chama a atenção para um detalhe sobre orientação e educação. ``Uma criança precisa de amor, já um adolescente ou adulto formado, necessita de moralização´´ 
Entendemos por moralização, o condicionamento do ser a uma determinada cultura ou sociedade. Sendo a terra um espaço a ser compartilhado por todos, tanto no plano físico como no espiritual, existem regras de comportamento aceitáveis para o convívio, assim sendo, moralizar é enquadrar determinadas personalidades ao plano aceitável de convívio.Dessa forma é de bom tom não engessar o atendimento aos espíritos, identificando o momento de ser amável e o de ser austero.
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A Licantropia e outros tipos de metamorfose perispiritual, tem relação apenas com a culpa?

Um assunto que fica nas margens das interpretações, a influência da hipnose em casos de licantropia zoofilia e outros,  pautado muitas vezes apenas no que se lê em literaturas espiritualistas, mesmo aquelas que são designadas espíritas ou como preferirem complementares ao espiritismo. É comum alegar que casos como os citados na ``literatura´´ espírita e mesmo os acolhidos nos trabalhos mediúnicos, são ocasionados pela culpa do espírito enfermo. Comum é observar que através da indução psicológica, espíritos perversos induzem almas fragilizadas pela culpa a se auto metamorfosearem nas formas sugeridas conforme o grau de imoralidade da vitima.
Venho percebendo que nem sempre ocorre dessa forma, pois um espírito pode aceitar que lhe seja conferida outra forma perispiritual desde que lhe convenha, ou lhe faça sentir-se melhor. Como foi o caso observado recentemente em um atendimento mediúnico. Ocorreu assim.
Os médiuns perceberam uma sombra correndo muito rápido pela sala de um determinado trabalho, esse espírito subia pelas paredes, teto, enfim com muita velocidade. solicitei a sensitiva que aborda-se o espírito e ela me alegou a dificuldade em alcança-lo. Pedi que muda-se de tática e ao invés de tentar alcança-lo, que usa-se sua energia fluídica, mas para isso imagina-se que ao se aproximar do espírito estivesse lançando uma rede sobre o mesmo. Feito isso iniciou-se a conversação.

Espírito - Por que me prenderam, eles prometerão que eu teria liberdade para correr e andar por onde eu quisesse aqui dentro?
obs - Talvez seja natural ao médium ou doutrinador, pela sua característica religiosa, que ELES, nesse caso, representem os mentores da casa espírita, na fala do espírito comunicante. mas cabe ao doutrinador seguir adiante com o dialogo para se certificar do fato, pois pode ser sim um caso em que os mentores do centro tragam um espírito para que seja atendido nas mais variadas formas de reuniões existentes, e nesse caso cabe uma ressalva, é um típico caso de esclarecimento, como insistem alguns conservadores da boa moral espírita, e não de doutrinação por obstinação consciênte do espírito em perseguir alguém.

Espírito - Estou perguntando por que me prenderam se me haviam prometido liberdade?

Dirigente -Nós não o prendemos, mas o paramos por um momento para lhe oferecer ajuda, não desejaria descansar um pouco?

Espírito - Como descansar, já morri e desde então só faço fugir, pois todos querem me judiar, me explique como alguém que não consegue se esconder pode descansar? Vocês me prometem que não irão mais me encontrar, caso eu pare?

Dirigente - Não podemos lhe prometer isso, porém se estiver disposto a ouvir nossos médicos, eles lhe demonstraram o que você pode fazer para evitar ser encontrado. Além do mais esses médicos poderão te ajudar a voltar a sua forma humana novamente.

Espírito - Não, não quero, meus amigos me disseram que me ajudariam a fugir, a ser mais rápidos que meus perseguidores, em troca de pequenos favores. E agora que sou muito rápido vocês querem tirar isso de mim?

Dirigente - Não queremos lhe tirar absolutamente nada, mas queremos lhe oferecer paz, uma vida sem fugas e medo. Ademais o que te pediram em troca desse favor?

Espírito - Que eu ficasse interferindo na vida de algumas pessoas aqui dentro, acompanhando um aqui, outro ali, desviando sua atenção. Assim eles me ajudariam a manter essa forma de lobo para ficar protegido de meus agressores.

A partir desse ponto já identificado o por quê esse espírito estava no Neove, conduzimos a conversação para o socorro e esclarecimento de sua condição, e como esses ditos amigos o estavam usando, se aproveitando do seu medo. Sem entrar no mérito do por que fugia nesse momento, pois não é obrigação do doutrinador curiar as mazelas alheias em detrimento do do bem.
Muitas são as possibilidades é claro de ocorrer a hipnose, porém como pudemos observar, não se tratou de um caso de culpa extrema, mas de uma forma sutil, de obsessores obstinados no mal, de se mostrar solicito em ajudar alguém em desespero, para alcançar seus objetivos particulares. Oras quanto mais espíritos indefesos moralmente foram arregimentados e colocados indiretamente a trabalho dessas forças momentâneas, mais tempo a casa espírita perde, se é que podemos dizer assim, tempo em socorros que consomem toda uma reunião, quando poderiam estar concentrados em desarticular determinadas organizações no plano espiritual.
É importante o socorro e o esclarecimento, mas, é necessário que todos os grupos sejam preparados para ir além disso, digo todos para que se evite o orgulho da exclusividade de um grupo que se diz especialista em determinada ação mediúnica.

Fica aqui uma pequena observação, você costuma analisar de verdade todas as comunicações mediúnicas, ou apenas cumpre uma obrigação de forma automática? 


Afinal existem lobos, lobos e lobos.
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SOBRE O CONTROLE DO MÉDIUM DO INICIO AO FIM DA PASSIVIDADE.

[...]O espírito não sabe muito sobre onde ele está; ele se esforça muito, diz ele, para entrar lá dentro. Lá dentro é o corpo do médium e vê-se, de fato, que ele faz esforços como se tivesse dificuldade para se colocar numa roupa muito apertada.

Henri Bergson

Outro dia nos deparamos com um questionamento a respeito do controle do médium no momento da passividade, incorporação, psicofonia (deem o nome que quiserem), pois a avaliação sobre um médium, foi a respeito de excesso de agressividade, ou nervosismo, ou expressividade, diga-se de passagem foi uma única avaliação feita por um visitante ao grupo mediúnico e, de certa forma subjetiva, pois cada médium possui uma característica por vezes peculiar as próprias crenças, cismas ou até medos mesmo.
O fato é que questionei diversas vezes esse procedimento, porém com outra ótica, pois nos momentos da incorporação ficava para mim subentendido que o espírito desejava impor medo aos participantes do trabalho, ao qual eu nos inícios do diálogo o alertava que não tínhamos receio do sua teatralidade, após duas ou três visitas deste mesmo espírito sem que me responde-se nada, finalmente me disse: ``Acha mesmo que quero impor terror ao grupo? Será que seus médiuns não são capazes de ver o tamanho atual do meu corpo? (aqui ele se dirigia ao seu perispírito).
A partir de então fizemos algumas considerações nos momentos de estudo, analisando o que ouvimos.
1° O médium possui uma determinada vibração ao qual seu perispírito se amolda ao atual corpo, e a todo momento seu perispírito irradia essa vibração, o que é fator determinante, principalmente nos trabalhos mediúnicos para a percepção dos espíritos a sua volta, lembrando novamente que esse fato ocorre naturalmente a todo momento

4 comentários:

Vicente Galceron disse...

Essa contribuição chegou via e-mail e com a devida permissão do amigo Vicente Galceron, estou redirecionando ao Blog.

Caro Anselmo, bom dia!

Falta de conhecimento e estudo, nas necessidades primárias do espírito, quando se apresentam nas reuniões mediúnicas.

Infelizmente os ESCLARECEDORES e DIRIGENTES (aqui, incluem-se ), não estudam o suficiente para entender e empregar as técnicas apropriadas a particularidade de cada atendimento.

Rotineiramente, adotam uma linha de conduta, onde a padronização está limitada ao seu conhecimento e prática.

Tanto a TVP quanto a RM, nas reuniões mediúnicas, devem ser utilizadas em extrema necessidade, sempre amparadas pela equipe espiritual que nos assiste naquela reunião, e com conhecimento de causa e principalmente por alguém conhecedor da técnica.

Muitas vezes, trabalhadores bem intencionados, mas sem conhecimento, atuam no ”chutômetro” quanto às necessidades deste evento.

Se ainda não conseguimos sequer definir o que é ESCLARECER e DOUTRINAR, como poderemos exigir um pouco mais?

Nos esquecemos que a DE é uma doutrina de conscientização e não de convencimento.

Cabe aqueles que detém o conhecimento e pratica, a orientação destes nossos irmãos, que muitas vezes erram pelo desconhecimento de causa, que por capricho.

Paz e bem sempre!

Vicente Galceron

Anselmo Heib disse...

Me parece Vicente, que não aceita em hipótese alguma o uso do termo, DOUTRINAR, você por acaso, vê esclarecimento em toda oportunidade?

At, Anselmo Heib

Vicente Galceron disse...

aro Anselmo,

Não é que eu não aceite o termo DOUTRINAR, mas que entendo não se encaixar no atendimento aos espíritos nas reuniões mediúnicas.

Já ponderei anteriormente contigo, o termo DOUTRINAR e ESCLARECER.

Doutrinar, significa pregar a maneira de doutrina ou instruir em uma doutrina, e creio que não seja este o propósito dos atendimentos a espíritos necessitados, em nossas reuniões mediúnicas, a não ser ACOLHER, CONSOLAR, ESCLARECER E ENCAMINHAR.

Devemos num primeiro momento, incutir-lhe nossa doutrina ou esclarece-lo de sua real situação?

Devemos ainda, atende-lo em suas necessidades primárias ou ficar pregando o Cristianismo, quando o mesmo, no instante que se apresenta, grita em dores, para que seja retirado de sua fixação psicomental em que se encontra?

Devemos respeitar o credo do espírito ou simplesmente DOUTRINÁ-LO diante de nossas verdades?

O trabalho de atendimento e socorro nas reuniões mediúnicas, se observarmos, vão muito além de DOUTRINAR, e sim de ESCLARECER aquela que ali vem, muitas vezes sem entender o que se passa consigo, quando em muitos casos, ainda nem perceberam que estão fora da carne.

Recebemos em nossas reuniões, espíritos de diversos segmentos religiosos, e como exemplo, pergunto: Conseguiríamos DOUTRINAR um muçulmano, quanto a Jesus e a Doutrina Espírita, naquele período mínimo de atendimento de uma reunião mediúnica?

Uma questão a meditarmos.

Respeito o entendimento de cada um, pois o livre arbítrio é a ferramenta que nos foi dada, para que possamos buscar o entendimento no tempo certo.

Creio ter esclarecido meu ponto de vista.

Vicente Galceron

Anselmo Heib disse...

A partir deste breve diálogo, resolvi escrever o texto ``Doutrinador ou esclarecedor´´, que já se encontra no blog.

Grato pelos comentários Vicente Galceron