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Você se considera agressivo(a)? Poucos assim se consideram, isso é fato.

Para que possamos refletir sobre a agressividade, vou contar um fato ocorrido comigo recentemente. Em vinte e nove anos dirigindo aprendi a duras penas que o ser humano, ao menos uma boa parte, com um veículo automotivo na mão, pensa estar em uma armadura medieval, onde se impõe pela força, esquecendo-se das leis que regem o transito, assim como a educação. Mostram-se como são, monstros, imaginando que de dentro de seus veículos estão isolados do mundo, como o avestruz que esconde a cabeça na terra imaginado que ninguém a vê, mas diferentemente daquele que se esconde por medo, a maioria dos motoristas, se escondem dentro de seus veículos, mas não com medo, muito pelo contrario se escondem para não mostrarem suas realidades morais. Vamos aos fatos.
Estava eu mudando de faixa, usando a tão famosa seta, durante longos dois minutos mais ou menos, e não conseguia mudar de faixa devido a enorme quantidade de motos transitando entre os carros. Ao observar que eu tinha possibilidades de entrar, sem por em risco a vida de nenhum desses exemplares modelos de gente, fui mudando de faixa devagarinho. Porém meus problemas só, iniciaram, pois agora os motoristas da faixa da esquerda não me deixavam entrar. Calmamente dei um espaço onde os motociclistas, motoqueiros, (pra mim tanto faz), pudessem passar e mais uma vez fiquei ali aguardando umas vinte motos passarem, todas nervosas com suas irritantes buzinas, (buzina deveria ser como abastecimento de telefonia móvel), quando um deles resolveu que eu era o errado e chutou o retrovisor, esse ai da imagem.
É claro que o cidadão (macho), cheio de razão, me xingou e foi embora, deixando ali a evidência de toda sua arrogante agressividade. Para mim restou a dor moral da impotência.
Contudo, meus amigos e leitores, quero chamar a atenção para a agressividade represada no intimo, aquela que conhecemos tão bem e a mascaramos sobre vários nomes. Pois não só o ato visível de agressão é repudiável, como é o menos grave na maioria das vezes, pois dá a oportunidade do agredido de se defender, não necessariamente agredindo também, mas, agindo para evitar a agressão.
Tal sentimento pode ser identificado na maioria das vezes, pela nossa intolerância, pela inveja e principalmente pela mãe de todos os vícios, o egoísmo.
É comum sermos agressivos com nosso semelhante, pelo simples fato de não concordarmos com suas ideias, por ser mais belo, mais sociável, por ser mais competente, pró ativo, protagonista, destemido ao assumir riscos e se expor (sem ser temerário é claro). Entre tantos outros vícios.
Mas como tais exemplos podem gerar agressividade?
É simples. Quando pelo sentimento que mascara a sua agressividade, o outro é comprometido moralmente, por intrigas políticas, fofocas personalistas. Basta consultar o evangelho e fica fácil entender.
´´A vingança`` é um forte indicio da falta de atenção ao critério moral do cristianismo. Nela quem se compraz, só demonstra que não entendeu o que significa o trabalho no centro espírita. Em todos sentimentos menos elevados a que se atira o personagem humano, não ocorrem atitudes visiveis, geralmente ao discordar ou simplesmente não gostar de algo ou pessoa, passam tais vingadores a agir na surdina, nas sombras, mascarando seus sentimentos pessoais com propósitos aparentemente elevados, tais como, segurança doutrinária, proteção do centro dos aventureiros ou novidadeiros, entre outros argumentos meramente retóricos. Não deveria nunca crescer no coração de quem se diz espírita cristão.
Como em nome da caridade e da auto elevação de sentimentos, muitos controlam a duras penas a vontade de esmurrar seu ``adversário´´, para não evidenciar sua baixeza moral, agem de forma a ridicularizar aquele que elegeu por oponente.
Agem como se fosse inexistente o conhecimento doutrinário, deixando de lado questões básicas como reconciliação, baseados em nova encarnação, deixando aflorar todo o ressentimento mal curado ainda na espiritualidade, em sua preparação reencarnátoria. Animismo puro, mal trabalhado intimamente.
Mente sobre seu oponente, tenta desqualificar todas suas ideias e, ao mesmo tempo se perde nas próprias contradições, pautadas em premissas mal elaboradas e de opiniões pessoais que não se sustentam.
Enfim, não praticam a básica lei de amar ao seu inimigo, deixando claro o quanto não se ama a si mesmo, pois as magoas e persistentes ideias fixas levam-no a adoecer física e psicologicamente

Pensem, em como podem estar sendo agressivos ultimamente.

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A mediunidade na criança e seu desenvolvimento na atualidade.
 
Comecemos a pensar no desenvolvimento da mediunidade nas crianças com a abordagem, quase religiosa segundo meu amigo Reinaldo Papeschi e seu jargão ``Kardec no comando´´
No Livro dos Médiuns ao iniciar o capitulo XVII, Formação dos Médiuns temos uma explicação sobre quem possui ou não mediunidade, Kardec trata do desenvolvimento da psicografia, que segundo ele é a mais segura fonte de observação. Eu entendo que se trata de fonte segura a psicografia devido ser ela uma fonte de analises fixa, onde podemos ler e reler quantas vezes for necessário sem perder detalhes e também facilitar a comparação para futuras indagações sobre o assunto, observando critérios simples como seriedade, comprometimento, moralidade entre outras virtudes do espírito comunicante.
Porém nosso diálogo é mais amplo, pois apesar de a mediunidade estar implícita no organismo humano e poder estar presente ou eclodir nas mais variadas idades e situações intelectuais, sociais e morais, paira a duvida de qual critério adotar diante de crianças com mediunidade ostensiva.

Como espíritas, podemos ou devemos incentivar seu desenvolvimento? Ou como queiram as federações sua educação? Temos então o seguinte critério em Kardec (2004, Pg. 171).

``Os sinais físicos, em os quais algumas pessoas julgam ver indícios, nada têm de certos. poderá encontra-las nas crianças e nos velhos, em homens e mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Só existe um meio de constatar sua existência. É experimentar.´´

Esse trecho pode ser um pouco confundido e cabe algumas intervenções, pois Kardec trata, não exatamente do desenvolvimento geral da mediunidade, mas sim de experimentar se  o médium possui a faculdade mediúnica da psicografia e que pode ser estendida a outras faculdades de intercâmbio mediúnico, quanto a isso independente do estado em que se encontra o médium nas questões de idade, condição física, intelectual entre outras, pode sim ser experimentada. mas à de se observar alguns detalhes a seguir.
Em treze anos circulando casas espíritas nunca vi nem ouvi que alguma tenha dado abertura ao treinamento da mediunidade para crianças, as conduzindo quando surgem com ostensividade, à tratamentos com fins de cercear a mediunidade, sem ao menos avaliar o caso e sua necessidade, ofertando o mesmo tratamento como um AAS infantil que a tudo sugerem curar ou ``remediar´´.
Talvez esse seja o grande problema que enfrentamos na atualidade com nossas casas espíritas, com agrupamentos de dirigentes que julgam zelar tanto pela doutrina e infelizmente acabam por generalizar todos os fatos que envolvem mediunidade, os direcionando para um único fim, o estudo sistematizado extremamente longo de cinco anos (para adultos), pois quando crianças surgem no ambiente da casa espírita, passam a aguardar em média 10 anos para começar seu processo educativo.
Não faço proselitismo em uma bancada antagonista ao estudo que, orienta, moraliza no sentido da prática ética da mediunidade, muito pelo contrário, é necessário a formação e capacitação de médiuns. O problema da generalização é que corre-se o risco de retardar compromissos assumidos espiritualmente, isso quando não se apaga o chamado ao serviço, pelo abafamento do fenômeno mediúnico desestimulando o futuro missionário, o localizando no âmbito do que é igual, em outras palavras, se não somos missionários (a maioria), para que dar ênfase a quem é de fato.

Então se podemos analisar cada caso, e temos a nossa disposição nos centros espíritas todo o aparato necessário para identificar como proceder, por que se basear apenas no receio (medo) humano.
A de se considerar que não devemos forçar o desenvolvimento da mediunidade em crianças devido ao seu desenvolvimento psicológico ainda em formação, conforme Kardec (2004, Pg. 185).

6ª Haverá inconveniente em desenvolver-se a mediunidade nas crianças?
“Certamente e sustento mesmo que é muito perigoso, pois que esses organismos débeis e delicados sofreriam por essa forma grandes abalos, e as respectivas imaginações excessiva sobre-excitação. Assim, os pais prudentes devem afastá-las dessas ideias, ou, quando nada, não lhes falar do assunto, senão do ponto de vista das consequências morais.”

Crianças em contexto geral, são crianças, ao menos assim julgamos, esquecemos que existem muitas crianças em idade de 10 a 15 (por exemplo) que são muito mais maduras do que velhos personagens que andam pelos centros, mais causando problemas do que ajudando efetivamente (mas isso é outro dialogo a se estabelecer). Assim quem é capaz de medir o amadurecimento de um espírito em corpo de criança?
A responsabilidade dos pais é evidente no quesito instrução moral e por vezes busca de apoio a entidades que proporcionem a educação da mediunidade de seus rebentos, até mesmo para se evitar quando ocorre a ostensividade mediúnica, o aprisionamento e dependência psicológica de remédios empurrados goela abaixo por psiquiatras e, muitas vezes tratados como personalidades fracas pela psicologia, também se tornando dependentes de sessões e mais sessões de diálogos improdutivos objetivando que a pessoa aceite a própria dependência. (mas aqui é uma opinião minha)
Mas como disse anteriormente à casos específicos, que caberiam maior flexibilidade aos centros espíritas e conforme nos é ensinado em Kardec (2004, Pg. 185)

7ª Há, no entanto, crianças que são médiuns naturalmente, quer de efeitos físicos, quer de escrita e de visões. Apresenta isto o mesmo inconveniente?

“Não; quando numa criança a faculdade se mostra espontânea, é que está na sua natureza e que a sua constituição se presta a isso. O mesmo não acontece, quando é provocada e sobre-excitada. Nota que a criança, que tem visões, geralmente não se impressiona com estas, que lhe parecem coisa naturalíssima, a que dá muito pouca atenção e quase sempre esquece. Mais tarde, o fato lhe volta à memória e ela o explica facilmente, se conhece o Espiritismo.”

Mesmo aqui nesse caso da naturalidade  devemos tomar alguns cuidados referentes a observação do fenômeno em si mesmo. Primeiro, é um fenômeno natural de fato? A criança acaso age com naturalidade as ocorrências a sua volta? Se a resposta for positiva, nada a de mal e, nesse caso cabe aos seus tutores ampliar seu conhecimento, atribuindo os devidos valores éticos e a responsabilidade sobre o uso do dom da mediunidade ostensiva. Observar a maturidade e acompanhar suas atividades de intercâmbio para que não ocorra deslizes tratando a mediunidade como uma brincadeira pueril, que mesmo sendo amadurecida a criança, ainda assim é uma criança e tende naturalmente a buscar coisas que lhe de prazer relativo a sua idade.
Mas e se a tal naturalidade estiver causando algum mal a saúde psicológica da criança? Cabe ai outros procedimentos como avaliar o nível de obsessão que a envolve, por que ocorre o afastamento dos mentores que deixam aflorar livres tais fatos, qual o nível de comprometimento do espírito encarnado e qual o tipo de missão a cumprir. E mesmo após essas analises, observar se ocorre a continuação da ostensividade mediúnica, pois se ela continuar, devemos dar o mesmo rumo ao aprendizado da mesma forma que uma criança que não teve problemas com a naturalidade do fato mediúnico.
A ideia do texto mediunidade em crianças, não é incentivar o desenvolvimento, mas sim, refletir sobre o contexto individual de cada espírito. Não tendo restrições com relação a idade mínima para iniciar a pratica mediúnica, cabe aos mais experientes observar as condições da criança em relação a saúde física e psicológica e, caso não aja nenhum impedimento e for de comum acordo com seus familiares, nada a de mal em se fazer seguir a missão de cada um.

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Implantações e mudanças

As dificuldades de elaborar e implantar uma atividade em uma casa espírita esbarra sempre na velha questão ao qual vivemos salientando ao público que chega e deseja amparo, `` temos uma dificuldade enorme em aceitar ou pensar em mudanças´´, de certa forma esbarramos sempre nas raízes do orgulho. As vezes enxergamos sugestões como afrontas doutrinárias especificamente por estarmos situados na famosa zona de conforto. Eis que logo de saída apontamos dificuldades mil apontando falta de tempo, de espaço ``talvez vontade´´.
O materialismo nega toda possibilidade de comunicação com os espíritos, já o religiosismo espírita nega a naturalidade do contato com os amigos espirituais a menos que seja apenas a prática do socorro espiritual. Com naturalidade ou mesmo com misticismo tais fatos ( a conversação ou contato quando necessário com espíritos ), é praticada nas mais variadas doutrinas inclusive a igreja nos moldes aceitos por eles.
 Na atualidade os grandes centros espíritas por não ter um controle sob a responsabilidade ética de seus membros peca pelo minimalismo, http://www.brasilescola.com/artes/minimalismo.htm, doutrinário (gaste um pouquinho do seu tempo que entendo ser precioso e interprete o conceito minimalista do link com as casas Espíritas da atualidade). Mas não é apenas a falta de controle ético que emperra conceitos tão bem fundamentados do Espiritismo, à também a falta de interesse por parte de dirigentes atávicos apegados ao conceito tão bem estruturado que foi o da Escolástica e ainda continuam apegados a fazer valer a defesa dos próprios princípios alegando defender o Espiritismo. (triste mas real)
Temos exemplos de sobra na história Brasileira de como o Espírita pode agir quando se trata de campo doutrinário:

- José Herculano Pires: Manteve com pulso firme o estudo e prática doutrinária, se não fosse pelo ilustre amigo já teríamos tantas alterações nas obras básicas quanto a bíblia, além é claro de ampliar o raciocínio no campo da paranormalidade tanto internamente como exterior a doutrina espírita.

- Hermínio C. Miranda - Com todo sua capacidade de concatenar informações referentes o fenômeno anímico, assim como sua prática intrínseca ao Espiritismo.

- Lamartine Palhano Jr- E sua pratica mediúnica referente as pesquisas.

Entre tantos outros pesquisadores do espiritismo, me pergunto, qual é o tipo de pesquisa aceita atualmente no movimento espírita? Não vejo avanços específicos, além da necessidade de alguns grupos em manter o que já se consolidou como religião ou tratar pesquisas espíritas apenas como modo de comparações em relação a pequenos avanços sociais que são realizados na atualidade e que os centros já o fazem à décadas, ou comparar o pensamento de filósofos antigos na insistente e já tão evidente ideia de que se fala em reencarnação, mundo espiritual entre outras coisas já a milênios, agora pergunto, pode-se comparar um filosofo de mais de 2500 anos e aceita-lo como precursor do espiritismo, mas quando se compara a doutrina espírita a outras doutrinas espiritualistas, ocorre o pânico da mistura.
Entendo que todo desenvolvimento científico, não é pautado apenas, na repetição de dados, todo desenvolvimento filosófico não é apenas pegar uma ideia existente já a muito tempo e coloca-la como algo claro mesmo que não o seja, onde apenas as deduções do seu criador inferem na realidade ou não do objeto de comparação. Enfim apesar de não ser muito aceito no meio espírita, o pragmatismo é o único meio de colocar em prática muitos dos conceitos existentes na doutrina espírita, porém ainda rechaçado pelo movimento justamente por que na formação de médiuns ainda fica evidente o despreparo e falta de estudo aprofundado do conteúdo doutrinário.
Sugiro ao espírita que estude e não tema trabalhar com a mediunidade, porém sem nunca abandonar o estudo e prática da moral que é tanto e mais valiosa que o fenômeno, não se sintam constrangidos por qualquer que seja o dirigente de seu conhecimento, pois até mesmo ele passa na história do centro espírita.

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