Com relação aos procedimentos anímicos na regressão que são equivocadamente analisados pela opinião Espirita.
`` Vamos ressaltar que quando uso o termo opinião equivocadamente
analisada Espirita, não se trata de opinião da Doutrina Espirita e sim
da individualidade do espirita, que fique bem claro esse ponto’’. Analisemos então como se processa a regressão diante de fatos analisados empiricamente, (Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas. )e pesquisas dentro das obras cientificas Espiritas.
Partiremos
de aspectos bem distintos do Sonambulismo Natural sendo que essa
capacidade é inerente ao espirito humano devido a menor ou maior
facilidade em ``desligar-se´´ do plano físico.
Em o Livro dos Espíritos - RESUMO TEÓRICO DO SONAMBULISMO,DO ÊXTASE E DA DUPLA VISTA temos as seguintes considerações de Kardec:
455. Os fenômenos do sonambulismo natural se produzem espontaneamente e independem de qualquer causa exterior conhecida. Mas, em certas pessoas dotadas de especial organização, podem ser provocados artificialmente,pela ação do agente magnético.
O estado que se designa pelo nome de sonambulismo magnético apenas difere do sonambulismo natural em que um é provocado, enquanto o outro é espontâneo....
O
sonambulismo natural constitui fato notório, que ninguém mais se lembra
de pôr em dúvida, não obstante o aspecto maravilhoso dos fenômenos a
que dá lugar. Por
que seria então mais extraordinário ou irracional o sonambulismo magnético?...
O
fator que devemos apreciar nestas colocações é que uma ciência não
sobrevive sem a outra tanto que algumas coisas foram apropriadas pelo
Espiritismo do Magnetismo como por exemplo os PASSES e a AGUA
FLUIDIFICADA, afinal Kardec não instituiu o passe Espirita e muito menos
a utilização da agua fluidificada.
Na Revista Espirita de 1858 temos as seguintes considerações:
Magnetismo e Espiritismo
Quando
apareceram os primeiros fenômenos espíritas, algumas pessoas pensaram
que essa descoberta – se podemos aplicar-lhe esse nome – ia desfechar um
golpe fatal no magnetismo e que com ele ocorreria o mesmo que aconteceu
com as demais invenções: a mais aperfeiçoada faz esquecer a precedente.
Tal erro não tardou em dissipar-se e prontamente se reconheceu o
parentesco dessas duas ciências. Ambas,
com efeito, baseadas sobre a existência e a manifestação da alma, longe
de se combaterem, podem e devem prestar-se um mútuo apoio: completam-se
e se explicam uma pela
outra. Seus respectivos adeptos, entretanto, diferem sobre alguns pontos: certos magnetistas25 não
admitem ainda a existência ou, pelo menos, a manifestação dos
Espíritos; acreditam poder tudo explicar tão-só pela ação do fluido
magnético, opinião que nos limitamos a constatar, reservando-nos
discuti-la mais tarde. Nós mesmos a partilhávamos, no início; mas, como
tantos outros, tivemos que nos render à evidência dos fatos. Os adeptos
do Espiritismo, ao contrário, são todos partidários do magnetismo; admitem sua ação e nos fenômenos sonambúlicos reconhecem uma manifestação
da alma.
Essa oposição, aliás, se enfraquece a cada dia, e é fácil prever que
não está longe o tempo em que toda distinção terá cessado. Essa
divergência de opinião nada tem que deva surpreender.
Nos
primórdios de uma ciência ainda tão nova é muito natural que cada um,
encarando as coisas do seu ponto de vista, haja formado uma ideia
diferente. As ciências mais positivas tiveram sempre, e têm ainda suas
seitas, sustentando com ardor teorias contrárias; os sábios ergueram
escolas contra escolas, bandeira contra bandeira e, muito frequentemente
para sua dignidade, sua polêmica, tornada irritante e agressiva pelo
amor-próprio ferido, saiu dos limites de uma sábia discussão. Esperamos
que os partidários do magnetismo do Espiritismo, mais bem inspirados,
não deem ao mundo o escândalo de discussões tão pouco edificantes e
sempre fatais à propagação da verdade, seja qual for o lado em que ela
esteja.
Podemos
ter nossa opinião, sustentá-la, discuti-la; mas o meio de nos
esclarecermos não é nos estraçalhando, procedimento sempre pouco digno
de homens sérios e que se torna ignóbil se o interesse pessoal está em
jogo.
O
magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rápido progresso
desta última doutrina se deve, incontestavelmente, à vulgarização das
ideias sobre a primeira. Dos
fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações
espíritas não há mais que um passo; tal é sua conexão que, por assim
dizer, torna-se impossível falar de um sem falar do outro. Se tivéssemos
que ficar fora da ciência magnética, nosso quadro seria incompleto e
poderíamos ser comparados a um professor de física que se abstivesse de
falar da luz. Todavia, como entre nós o magnetismo já possui
órgãos especiais justamente acreditados, seria supérfluo insistirmos
sobre um assunto que é tratado com tanta superioridade de talento e de
experiência; a ele, pois, não nos referiremos senão acessoriamente, mas
de maneira suficiente para mostrar as relações íntimas entre essas duas
ciências que, a bem da verdade, não passam de uma.
Os
grifos são meus porem importante salientar que o Magnetismo que
antecedeu a Doutrina Espirita analisou o Sonambulismo Natural e
Magnético, observando-lhes no inicio de suas possibilidades e que pós
Kardec outros pesquisadores que se iniciaram no campo de estudo da
Doutrina Espirita e também conhecedores do Magnetismo o utilizou para
comprovações cientificas da pré-existência da alma, um forte pesquisador
foi o Cel. Albert de Rochas, em seu livro ( As vidas sucessivas ).
A
importância do estudo e pesquisa seja em qual época for deve existir,
senão como possível pratica, ao menos como comprovação de algo escrito
há quase 100 anos, pois se não exercitarmos testes e pesquisas seremos
invariavelmente guiados, coagidos, ou simplesmente deixaremos de
exercitar a razão tanto disseminada pela doutrina Espirita. A razão não
se constitui apenas de ler e pensar se algo é correto ou não ,mas parte
do principio básico da Filosofia do empirismo.
A
questão de realizar testes e pesquisas não significa criar coisas novas
,mas realizar estatisticamente comprovações de que algo pode ser útil
ou não ,só assim podemos extinguir falatórios desnecessários ao qual
Kardec se refere ,pois são inúteis e só comprovam a ignorância intima ao
qual espíritos sejam encarnados ou desencarnados se atiram por negação
sistematizada a esse respeito Leon Denis em ( O Problema do Ser do Destino e da Dor, pág. 255 ) nos diz.
``Para
recordar, portanto, a primeira das condições é querer. Aí está a razão
por que muitos Espíritos, mesmo na vida do Espaço, sob o domínio de
certos preconceitos dogmáticos, desprezam toda investigação e
conservam-se ignorantes do passado que neles dorme. Nesse meio, como
entre nós, no decurso da experimentação, é necessária uma sugestão. Essa
lei da sugestão, vemo-la manifestar-se em toda a parte, debaixo de mil
formas; nós mesmos, a cada instante do dia, estamos sujeitos à sua ação.
Eleva-se, por exemplo, perto de nós um canto, ressoa uma palavra, um
nome, fere-nos a vista uma imagem e, de repente, graças à associação de
ideias, desenrola-se em nosso espírito um encadeamento completo de
recordações confusas, quase esquecidas, dissimuladas nas camadas
profundas da nossa consciência. ´´
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