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07/04/2013

Capitulo 3 - Considerações sobre a importância do Magnetismo

                    Com relação aos procedimentos anímicos na regressão que são equivocadamente analisados pela opinião Espirita. `` Vamos ressaltar que quando uso o termo opinião equivocadamente analisada Espirita, não se trata de opinião da Doutrina Espirita e sim da individualidade do espirita, que fique bem claro esse ponto’’. Analisemos então como se processa a regressão diante de fatos analisados empiricamente, (Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas. )e pesquisas dentro das obras cientificas Espiritas.
                    Partiremos de aspectos bem distintos do Sonambulismo Natural sendo que essa capacidade é inerente ao espirito humano devido a menor ou maior facilidade em ``desligar-se´´ do plano físico.
Em o Livro dos Espíritos - RESUMO TEÓRICO DO SONAMBULISMO,DO ÊXTASE E DA DUPLA VISTA temos as seguintes considerações de Kardec:

455. Os fenômenos do sonambulismo natural se produzem espontaneamente e independem de qualquer causa exterior conhecida. Mas, em certas pessoas dotadas de especial organização, podem ser provocados artificialmente,pela ação do agente magnético.
O estado que se designa pelo nome de sonambulismo magnético apenas difere do sonambulismo natural em que um é provocado, enquanto o outro é espontâneo....
O sonambulismo natural constitui fato notório, que ninguém mais se lembra de pôr em dúvida, não obstante o aspecto maravilhoso dos fenômenos a que dá lugar. Por
que seria então mais extraordinário ou irracional o sonambulismo magnético?...

O fator que devemos apreciar nestas colocações é que uma ciência não sobrevive sem a outra tanto que algumas coisas foram apropriadas pelo Espiritismo do Magnetismo como por exemplo os PASSES  e a AGUA FLUIDIFICADA, afinal Kardec não instituiu o passe Espirita e muito menos a utilização da agua fluidificada.

Na Revista Espirita de 1858 temos as seguintes considerações:

Magnetismo e Espiritismo

Quando apareceram os primeiros fenômenos espíritas, algumas pessoas pensaram que essa descoberta – se podemos aplicar-lhe esse nome – ia desfechar um golpe fatal no magnetismo e que com ele ocorreria o mesmo que aconteceu com as demais invenções: a mais aperfeiçoada faz esquecer a precedente. Tal erro não tardou em dissipar-se e prontamente se reconheceu o parentesco dessas duas ciências. Ambas, com efeito, baseadas sobre a existência e a manifestação da alma, longe de se combaterem, podem e devem prestar-se um mútuo apoio: completam-se e se explicam uma pela
outra. Seus respectivos adeptos, entretanto, diferem sobre alguns pontos: certos magnetistas25 não admitem ainda a existência ou, pelo menos, a manifestação dos Espíritos; acreditam poder tudo explicar tão-só pela ação do fluido magnético, opinião que nos limitamos a constatar, reservando-nos discuti-la mais tarde. Nós mesmos a partilhávamos, no início; mas, como tantos outros, tivemos que nos render à evidência dos fatos. Os adeptos do Espiritismo, ao contrário, são todos partidários do magnetismo; admitem sua ação e nos fenômenos sonambúlicos reconhecem uma manifestação
da alma. Essa oposição, aliás, se enfraquece a cada dia, e é fácil prever que não está longe o tempo em que toda distinção terá cessado. Essa divergência de opinião nada tem que deva surpreender.
Nos primórdios de uma ciência ainda tão nova é muito natural que cada um, encarando as coisas do seu ponto de vista, haja formado uma ideia diferente. As ciências mais positivas tiveram sempre, e têm ainda suas seitas, sustentando com ardor teorias contrárias; os sábios ergueram escolas contra escolas, bandeira contra bandeira e, muito frequentemente para sua dignidade, sua polêmica, tornada irritante e agressiva pelo amor-próprio ferido, saiu dos limites de uma sábia discussão. Esperamos que os partidários do magnetismo do Espiritismo, mais bem inspirados, não deem ao mundo o escândalo de discussões tão pouco edificantes e sempre fatais à propagação da verdade, seja qual for o lado em que ela esteja.
Podemos ter nossa opinião, sustentá-la, discuti-la; mas o meio de nos esclarecermos não é nos estraçalhando, procedimento sempre pouco digno de homens sérios e que se torna ignóbil se o interesse pessoal está em jogo.
O magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rápido progresso desta última doutrina se deve, incontestavelmente, à vulgarização das ideias sobre a primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas não há mais que um passo; tal é sua conexão que, por assim dizer, torna-se impossível falar de um sem falar do outro. Se tivéssemos que ficar fora da ciência magnética, nosso quadro seria incompleto e poderíamos ser comparados a um professor de física que se abstivesse de falar da luz. Todavia, como entre nós o magnetismo já possui órgãos especiais justamente acreditados, seria supérfluo insistirmos sobre um assunto que é tratado com tanta superioridade de talento e de experiência; a ele, pois, não nos referiremos senão acessoriamente, mas de maneira suficiente para mostrar as relações íntimas entre essas duas ciências que, a bem da verdade, não passam de uma.

Os grifos são meus porem importante salientar que o Magnetismo que antecedeu a Doutrina Espirita analisou o Sonambulismo Natural e Magnético, observando-lhes no inicio de suas possibilidades e que pós Kardec outros pesquisadores que se iniciaram no campo de estudo da Doutrina Espirita e também conhecedores do Magnetismo o utilizou para comprovações cientificas da pré-existência da alma, um forte pesquisador foi o Cel. Albert de Rochas, em seu livro ( As vidas sucessivas ).

A importância do estudo e pesquisa seja em qual época for deve existir, senão como possível pratica, ao menos como comprovação de algo escrito há quase 100 anos, pois se não exercitarmos testes e pesquisas seremos invariavelmente guiados, coagidos, ou simplesmente deixaremos de exercitar a razão tanto disseminada pela doutrina Espirita. A razão não se constitui apenas de ler e pensar se algo é correto ou não ,mas parte do principio básico da Filosofia do empirismo.
A questão de realizar testes e pesquisas não significa criar coisas novas ,mas realizar estatisticamente comprovações de que algo pode ser útil ou não ,só assim podemos extinguir falatórios desnecessários ao qual Kardec se refere ,pois são inúteis e só comprovam a ignorância intima ao qual espíritos sejam encarnados ou desencarnados se atiram por negação sistematizada a esse respeito Leon Denis em ( O Problema do Ser do Destino e da Dor, pág. 255 ) nos diz.

``Para recordar, portanto, a primeira das condições é querer. Aí está a razão por que muitos Espíritos, mesmo na vida do Espaço, sob o domínio de certos preconceitos dogmáticos, desprezam toda investigação e conservam-se ignorantes do passado que neles dorme. Nesse meio, como entre nós, no decurso da experimentação, é necessária uma sugestão. Essa lei da sugestão, vemo-la manifestar-se em toda a parte, debaixo de mil formas; nós mesmos, a cada instante do dia, estamos sujeitos à sua ação. Eleva-se, por exemplo, perto de nós um canto, ressoa uma palavra, um nome, fere-nos a vista uma imagem e, de repente, graças à associação de ideias, desenrola-se em nosso espírito um encadeamento completo de recordações confusas, quase esquecidas, dissimuladas nas camadas profundas da nossa consciência. ´´

Percebe-se desta forma que a  principal questão do desenvolvimento intimo é o querer , ao cruzar tais estudos e comentários apresentados em Kardec, Leon Denis e Albert de Rochas (deixando de lado neste momento Hermínio C. Miranda e Lamartine Palhano Junior , para mais adiante introduzi-los a reflexão) chegamos a dedução `` lembrando que deduzir não se trata de imaginar como a ignorância de algumas pessoas  afirma insistentemente´´ que dentro da doutrina Espirita temos um campo enorme de atuação se nos interessarmos de verdade pelas formas que as pessoas possam se auto descobrir e não serem guiadas ou condicionadas pelo que desejamos ou segundo as mais variadas limitações.

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