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07/04/2013

CAPITULO 2 Considerações iniciais sobre a Regressão Terapêutica x Espiritismo e suas praticas.

                    A Regressão Terapêutica como citado no inicio `` É uma´´ das principais ferramentas utilizada pela Psicoterapia Reencarnacionista do qual envolve ferramentas da Psicologia do Espiritualismo.

                    Sobre a abordagem Espirita antes de mais avanços devemos relembrar que a Doutrina Espirita é Espiritualista e como Ciência visa o estudo aperfeiçoado das praticas mediúnicas, como Filosofia aborda o lado racional do ser humano e como Religião nos leva a considerações intimas dos ensinamentos do Cristo quando estamos em contato com o próximo seja DESENCARNADO OU ENCARNADO.

                    Quando falo em considerações intimas com DESENCARNADOS, falo principalmente do aprendizado oferecido a todos nós com o Intercâmbio Mediúnico quando avaliamos na intimidade os sofrimentos alheios, histórias quase impossíveis de esquecer, pois durante o auxilio a Espíritos adoecidos moralmente se estivermos com o coração aberto vislumbraremos muitas vezes nossas próprias deficiências.

                    Quando falo em considerações intimas com ENCARNADOS, falo da Alteridade, de aprender também com as experiências alheias e principalmente respeitar as diferenças culturais e crenças, evitando principalmente enfraquecer as pessoas com nosso EGO, que em sua maioria mais afasta do auto conhecimento do que desperta, pois nossas experiências ( a palavra já diz tudo por si mesma ) sejam quais forem não servem de medida ao próximo por estar ligada ou ao fácil conceito de desprendimento ( raro mas existe ) ou aos nossos preconceitos.

                    Tanto a Psicoterapia Reencarnacionista como o Espiritismo primam e ensinam sobre respeito, e a necessidade de abafar o personalismo, pois entendemos ou ao menos deveríamos entender que as pessoas que se aproximam seja para uma consulta em PR ou uma Entrevista no Centro Espirita são antes de tudo Espíritos em evolução, porem o que se diferencia, é, de certa forma a disciplina do controle de si mesmo, controle que impede de direcionar as pessoas a nossa volta seja pelo modo que interpretamos a vida e os outros evitando assim palpites pessoais,dando maior ênfase a ouvir e levar a pessoa a ter clareza sobre suas deficiências ou sua PERSONALIDADE CONGÊNITA por si mesma, pois o ato de falar nos leva a uma catarse ( Processo para trazer à consciência do ser as emoções ou sentimentos reprimidos no seu próprio inconsciente, para que ele seja capaz de se libertar das consequências ou problemas causados pelos mesmos. )

                    Na Psicoterapia Reencarnacionista o terapeuta é apenas um agente facilitador sem direcionar evitando impregnar ou criar dependências pessoais, aponta muitas vezes fatos que se repetem no processo de dialogo e da regressão com o objetivo único centralizar o foco da personalidade de forma que cada pessoa possa refletir sobre sua vida atual e o que espera do futuro em questão de crescimento e saúde mental ( a saúde física é uma consequência ).
                    Com relação a regressão terapêutica ( vulgarmente taxada de regressão de memoria e que é a causa principal da negação sistemática dos Espiritas como terapêutica) podemos afirmar que se trata de uma catarse mnemônica ,fato este que nem de longe nenhum de nós tem capacidade ou conhecimento para provocar tais lembranças o que nos reporta ao paradoxo do confiar na espiritualidade porem analisando os fatos que se desenrolam aos nossos ouvidos ( velho jargão Espirita do TELEFONE TOCAR DE LÁ PARA CÁ ).
                    Avaliando o conceito Doutrinário, vamos ressaltar o esquecimento do passado e para isso não nos omitiremos das obras básicas de Kardec, sempre lembrando que existe um todo nas mesmas e vale muito mais o pragmatismo à negação sistematizada.
                    Quando se analisa o conceito Filosófico sobre o Esquecimento do Passado muito bem abordado em O Livro dos Espíritos fica claro que não é interessante a ninguém saber quem foi quem ou quem fez o que devido ao vicioso processo que estamos de auto sabotagem, respiramos nossas dores e medos constantes e eles afloram como mecanismos de auto defesa ou simplesmente de irascibilidade por não estarmos devidamente comprometidos com o esquecimento dos traumas ou simplesmente por não querer abrir mão do personalismo.

Temos o seguinte em O Livro dos Espíritos:
 

                    392. Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado?
“Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas,ficaria ofuscado, como quem, sem transição,saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si.”


                    A resposta dada pelos espíritos é maravilhosa e a forma como se caracteriza a leitura depende do lado em que estamos fixados , sempre lembrando que muitas vezes somos ofuscados pelo nosso interesse.A resposta não diz ``Não pode o homem,nem deve,saber NADA´´ e sim ``TUDO´´,`` Sem o véu que lhe oculta TODAS AS coisas´´ e sim ``CERTAS´´.
                   Não se trata estas observações de simples retórica,mas de estudo e observações distintas de preconcebimentos particulares,pois se como Espiritas vivenciamos as obras de Kardec elas devem ser adotadas na integra.
                   Não digo com isto que sou a favor das consultas a médiuns que visam mais a satisfação pessoal``mesmo que seja inconsciente do ato´´ ou as transferências de responsabilidades intimas dos que os procuram ou ainda a Terapeutas diversos nas variadas doutrinas para meras curiosidades,muito pelo contrario sempre fujo a essa falsa disseminação de superioridade inexistente em todos nós.
                   O fato é que no contexto geral das obras Kardecianas devemos nos atentar na essência moral e nas possibilidades de analise cientifica através das experimentações no campo da mediunidade,desde que não extrapole o bom senso racional insistindo em fatos inexistentes.Mas para isso devemos avaliar todas as possibilidades.
                   A questão é se determinados assuntos são explorados por manipuladores psíquicos e sociais criando dependência por que ,não estudar seriamente o assunto extraindo seus resultados positivos como uma ferramenta a mais na terapêutica Espirita como empatia real ao ser humano?

                   Na questão 290 de O Livro dos Médiuns,C A P. X X V I Das perguntas que se podem fazer aos Espíritos,SOBRE AS EXISTÊNCIAS PASSADAS E VINDOURAS, temos o seguinte:

                    15ª Podem os Espíritos dar-nos a conhecer as nossas existências passadas?
“Deus algumas vezes permite que elas vos sejam reveladas,conforme o objetivo. Se for para vossa edificação e instrução, as revelações serão verdadeiras e, nesse caso,feitas quase sempre espontaneamente e de modo inteiramente imprevisto. Ele, porém, não o permite nunca para satisfação de vã curiosidade.”

                    Mais uma vez a fantástica sapiência de Kardec, repetindo e reformulando questões para reforçar e não deixar brechas doutrinarias.Fica claro que DEUS nos permite algumas vezes a rememoração de certas coisas conforme o objetivo e que seja para instrução e edificação ( evolução ), e serão verdadeiras e feitas `` QUASE SEMPRE ´´espontaneamente ou de modo imprevisto. Sem nunca satisfazer uma vã curiosidade.
Na sequencia temos:

                     a) Por que é que alguns Espíritos nunca se recusam a fazer esta espécie de revelações?

“São Espíritos brincalhões, que se divertem à vossa custa.Em geral, deveis considerar falsas, ou, pelo menos, suspeitas,todas as revelações desta natureza que não tenham um fim eminentemente sério e útil. Aos Espíritos zombeteiros apraz lisonjear o amor-próprio, por meio de pretendidas origens. Há médiuns e crentes que aceitam como boa moeda o que lhes é dito a esse respeito e que não vêem que o estado atual de seus Espíritos em nada justifica a categoria que pretendem ter ocupado. Vaidadezinha que serve de
divertimento aos Espíritos brincalhões, tanto quanto para os homens. Fora mais lógico e mais consentâneo com a marcha progressiva dos seres que tais pessoas houvessem subido, em vez de terem descido, o que, sem dúvida, lhes seria mais honroso. Para que se pudesse dar crédito a essa espécie de revelações, necessário seria que fossem feitas espontaneamente, por diversos médiuns estranhos uns aos outros e ao que anteriormente já fora revelado. Então, sim, razão evidente haveria para crer-se.”

                    Eis ai importância do estudo, que fundamenta atitudes e atividades experimentais ou o afastamento de futilidades fica bem claro na continuação da resposta.

Ainda seguindo:

                    b) Assim como não podemos conhecer a nossa individualidade anterior, segue-se que também nada podemos saber do gênero de existência que tivemos, da posição social que ocupamos, das virtudes e dos defeitos que em nós predominaram?
“Não, isso pode ser revelado, porque dessas revelações podeis tirar proveito para vos melhorardes. Aliás, estudando o vosso presente, podeis vós mesmos deduzir o vosso,passado.” (Veja-se: O Livro dos Espíritos, “Esquecimento do passado”, nº 392.)


                     Vejam que a questão não é de se conhecer a INDIVIDUALIDADE ,mas buscar reconhecer o GÊNERO de tais existenciais.

                    Essa reposta é simplesmente fascinante , e direta no modo de interpretação, ``basta olhar para si mesmo e deduzir o passado´´, porem o grande problema é que buscamos ainda as futilidades ou esperamos encontrar grandes vícios para aceitar nossa personalidade.`` Os pequenos e insistentes vícios  passam batidos pois nos satisfazem´´

                    Esquecemos ou não conseguimos enxergar a sutileza de uma determinação da personalidade e esse pequeno detalhe pode estar sendo motivo de atraso a muito tempo em nossas vidas,por exemplo:

             Uma pessoa que alega ser independente,emancipada e luta de todas as formas por isso não consegue enxergar que esse temperamento é o motivo principal de uma grande variedade de sofrimentos no passado que causaram traumas e esses traumas costumam abafar o verdadeiro motivo das repetições constantes em nossas vidas.
              Imaginemos que numa vida pretérita devido a forte personalidade de não ser submisso a alguem fossemos torturados ate a morte por não aceitar por exemplo a escravidão, e no processo de tortura nos fixássemos na dor de ter um braço arrancado,essa dor e o ódio nos segue durante grande parcelas de nossas reencarnações esquecemos o perdão ,pois tambem é uma manifestação segundaria da personalidade e em consequência arrastamos para a vida atual doenças psíquicas ou mesmo físicas somatizadas neste processo de auto sabotagem onde mascaramos o verdadeiro motivo que é não se submeter ao mando de outrem , identificado isso o processo de transformação se torna direto pois pode-se chegar a essência do trauma que foi gerado anteriormente a forte proposta de não se submeter a ninguém ou situação.

                    A proposta da Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica não vai além de auxiliar a pessoa a identificar essa sutileza da personalidade, através dos DIÁLOGOS ``ferramenta principal da terapêutica e da REGRESSÃO ``ferramenta segundaria da terapêutica´´,donde fica muito claro que não se busca reviver o gênero do passado com objetivos fúteis mas os arquivos da memória acessados animicamente, fazem conhecer a repetição inconsciente da personalidade,com essa mínima possibilidade de descoberta oportuniza-se o desligamento emocional dos traumas somatizados no decurso de varias existências , tendo a possibilidade de chegar ao cerne da questão por si mesmo.

                    A grande questão é que inserido ao meio Espirita consta todas as possibilidades da terapêutica se analisada com responsabilidade e sem a fantasia da pseudofilosofia sobre o que pode ou não pode para assumir o que de fato é licito se assim trabalharmos envolvidos com a espiritualidade e não com o EGO.

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