Em se tratando de
Doutrina Espírita ou ampliando o leque, de qualquer Doutrina
Espiritualista é claro que não ocorrem incoerências ``doutrinárias´´,
pois todas trabalham dentro de preceitos lógicos e é claro dentro do bom
senso moral e ético, mas como nem tudo é perfeito entra então o EU na
história, éeeeee isso mesmo o EU humano, e é justamente ai que geramos o
titulo da pagina Incoerências Doutrinárias, a partir de
agora preparem-se pois o objetivo é dar um passeio no EGO a principio
alheio, mas como verão intrínseco a EU mesmo em todas as problemáticas
apresentadas. Sejam bem vindos ao fantástico mundo da suposta reforma
intima donde impera fortemente o EU e meus Interesses Pessoais,
contraditórios é claro, segundo minhas simpatias e antipatias.
Essa pagina apesar de séria, não terá um tom monótono e sentencioso, acreditem.
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Os Modernos Vendilhões do Templo
Já ha algum tempo vinha intimamente
fazendo algumas reflexões sobre a questão da venda seja de qual tipo
dentro das casas Espiritas, os anos foram passando, observamos as
necessidades que possuem uma instituição Filantrópica e algumas posições
foram tomadas pelas Casas da Região visando a manutenção das atividades
das casas, floresceram bancas de pastel, depois com o tal Up grade,
tornaram-se cantinas que muito criticadas foram abençoadas pelos
dirigentes pela perspicácia da Espiritualidade em busca da manutenção da
harmonia, numa sessão mediúnica de desobsessão foi relatado que ali
devido a alimentação muitos espíritos eram trazidos pelas sensações e
atendidos em suas necessidades reais, ANÍMICO ou HARMONÍMICO, não
interessa mais, pois já foi absorvido e se deve ou não deve se vender
pasteis dentro das instituições todos os dias já não é mais motivo de
diálogos acalorados, porem dentro do fator incoerência não me recordo de
os responsáveis pelas fichas serem instruídos a darem pastéis quando
identificarem casos de frequentadores que quase fogem das palestras por
não terem onde deixar seus filhos que, inocentes não entendem que ali
não se faz esmola constantemente, espero que pessoas de bom senso ao
identificar essa necessidade façam o que aprenderam no Evangelho, tomem
as dores do próximo, também com o passar dos anos as bibliotecas de
empréstimo viraram livraria com lucro normal e tudo que tem direito
claro que de vez em quando baixam-se o custo para livros exigidos no
curso e até mesmo EU participei da criação do Clube do Livro em uma
delas e de fato propicia vantagens para ambas as partes mas não deixa de
ser venda e venda gera receita para casa e a casa com receita se mantêm
limpa e funcional, e isso uma instituição Filantrópica pode se dar ao
luxo pois não se trata de sua atividade principal que é a Educação no
que concerne a Doutrina Espirita.
Fechamos esse aspecto então com a
seguinte conclusão, podemos vender roupas e trecos a preços ínfimos,
podemos promover almoços beneficentes, podemos fazer eventos fora da
casa em diversas instituições, podemos vender pastéis e livros, podemos
gerar receita interna e até prestar serviços em beneficio da
instituição, desta forma estaremos sendo coerentes com os ``princípios
doutrinários´´.
Porem de alguns anos para cá é
crescente a quantidade de profissionais que se formam e invariavelmente
passam a captar seus primeiros clientes dentro das instituições sem ao
menos se dar ao trabalho de trabalhar primeiro para empresas ou clinicas
e aumentar sua experiência, montam de cara suas clinicas ou escritórios
e o foco de sua divulgação são os quadros de informação ou algum de
menor rotatividade e até mesmo palestras motivacionais onde deveriam
falar do campo doutrinário espirita sem insinuar ou motivar a busca de
atendimentos pagos, neste caso EU estaria de pleno acordo se o
direcionamento fosse gratuito, é fato que em sua maioria também batalham
seu desenvolvimento fora do meio, prestando serviços voluntários ou
mesmo remunerados em outras denominações.
Temos também na mesma linha
de raciocínio variados profissionais terapeutas e mesmo de muitas
profissões autônomas e pequenos empresários, expondo seus serviços em
quadros ``apropriados´´ e muitos mal frequentam a casa espirita,
simplesmente passaram viram o quadro e como se trata de propaganda de
serviços pagos claro que como bons divulgadores não deixariam a
oportunidade passar.
Não esqueçamos que até ai nada existe
de filantropia e existe ainda a conivência da instituição, mesmo não
tendo controle e principalmente responsabilidade sobre o comportamento
particular de cada profissional, pode vincular algum tipo de interesse
particular de quaisquer membros voluntários, pois as remunerações ali
adquiridas não são convertidas para a instituição. Entre uma e outra
possibilidade contamos com o bom senso sempre.
O
fato é que mesmo com justificativas esses produtos ofertados não atendem
ao BEM COMUM ou COLETIVO, visa atender ambas as partes em sentido
particular, pois enquanto instituição justifica-se sua manutenção e
abertura e enquanto profissional autônomo visa a manutenção maior de si
mesmo, mesmo que com a aplicabilidade na tentativa de auxiliar o
próximo, o fato relevante é que todos profissionais já convocados a
prestar serviços voluntários nas Instituições Espiritas, pouquíssimos
possuem de fato espirito humanitário, doando seu tempo e valor
profissional e beneficio eficiente do próximo.
Passado
todas estas considerações e principalmente pautado na questão de que
são todos justificáveis, recordo-me de diálogo estabelecido há algum
tempo sobre a cobrança de um determinado trabalho profissional e a sua
doação integral a outra Instituição Filantrópica, a questão era simples
Poderia essa divulgação veicular dentro da Casa Espirita? E a resposta
foi ``não´´ por se tratar de assunto fora do campo doutrinário e
principalmente fugindo ao artigo 1° do Estatuto que trata de ser uma
instituição sem fins lucrativos.
A grande questão ainda colocada foi de que ``Os meios não justificam os fins´´
Essa é uma colocação no mínimo interessante, pois ela pode ser usada no meio Espirita, por ignorância ou com conhecimento de causa, se for por ignorância cabe o esclarecimento intimo e se for com conhecimento também
cabe o esclarecimento, mas não o intimo e sim da Sociedade em geral,
pois o sofisma nada mais é do que uma mentira intencional em detrimento
de um bem maior enquanto a falacia é uma mentira por desconhecimento.
Vamos então ao ponto principal, o esclarecimento.
Quando se facilita um trabalho cobrado dentro da casa Espirita, direta ou indiretamente e essa arrecadação não chega nem em percentual aos caixas da instituição como doação não se trata de filantropia principalmente por não atingir o BEM MAIOR ``mesmo
não sendo a principal atividade da casa´´ao qual se destina uma
sociedade, porem quando se impossibilita uma atividade geradora de recursos através de um serviço profissional ao qual conhece-se o profissional
alegando que os fins não justificam os meios, infere-se algo de
prevenção particular sobre esse profissional, sendo assim quebra-se o
interesse coletivo em beneficio do próprio EGO.
Esse
texto é meramente ilustrativo, e, qualquer semelhança com algo que
vivenciem ou já vivenciaram é pura ``coincidência´´, seu principal
objetivo é levar o leitor a refletir a sua volta e caso identifique algo
semelhante em sua instituição que possa como sócio contribuinte alertar
a todos sobre tais despropósitos.
Continua.....
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